
ESPAÇOS CONSTRUÍDOS
PARA O ENCONTRO COM O SAGRADO
Por que essas três construções
são consideradas sagradas? Desde as mais antigas sociedades, a humanidade,
imersa em meio aos fenômenos visíveis da natureza, observou atentamente o sol,
a lua, a chuva, o trovão e o relâmpago. Há um encantamento pelas forças da
natureza que possibilitou uma relação com ela, muitas vezes estabelecida no
campo religioso. Essa relação ocorria pelo fato do ser humano acreditar que as
forças da natureza poderiam intervir na vida humana. Assim, passaram a
identificar os fenômenos como forças espirituais, ou até mesmo divindades, que
deveriam ser venerados, adorados e cultuados. O ser humano passou, então, a
delimitar lugares que possibilitassem vivenciar este mistério, ou seja,
relacionar-se com o sagrado. Os lugares preferidos, de início, foram as
montanhas, os rios, os lagos e alguns tipos de árvores ou florestas. Estes
locais escolhidos pelas comunidades para reverenciarem os seus Deuses são
chamados de lugares sagrados. O que faz com que o lugar se torne sagrado é a
hierofania, ou seja, a manifestação do divino naquele lugar. A palavra em sua
origem grega pode ser dividida em duas partes: hiero e fania, hiero significa
sagrado e fania significa manifestação. Portanto, nos lugres onde o sagrado se
manifesta, ali acontece o que chamamos de hierofania. (ELIADE, 2001). Um lugar
profano transforma-se em sagrado quando a presença do divino se torna
permanente naquele local e também quando as pessoas declaram que naquele lugar
existe uma energia capaz de transformá-los, levando-os a uma comunicação e
relação com o sagrado.
Luiza
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